DIADEMA
Drone com gás lacrimogêneo: nova estratégia da Prefeitura de Diadema contra bailes funks
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Diadema, na Grande São Paulo, adquiriu um drone com capacidade para lançar munições de gás lacrimogêneo. O equipamento, que custou R$ 345 mil, será utilizado principalmente para a dispersão de bailes funks e festas consideradas irregulares pela administração municipal. A compra foi realizada sem licitação, com a justificativa de que apenas uma empresa oferece o produto no mercado.
O drone, fabricado pela empresa Condor Indústria Química S/A, possui autonomia de voo de até 15 minutos e capacidade para lançar até 24 munições. Além do equipamento, também foram adquiridas 48 unidades de gás lacrimogêneo por cerca de R$ 20 mil.
Segundo a prefeitura, a principal finalidade do drone é o monitoramento aéreo das áreas mais vulneráveis da cidade, proporcionando uma visão tática em tempo real e ampliando a capacidade de resposta da GCM. A gestão municipal afirma que o uso do equipamento segue protocolos de segurança e está em conformidade com os princípios de respeito aos direitos humanos.
“O drone poderá, em situações específicas e autorizadas, ser utilizado para o lançamento de recursos não letais, como gás lacrimogêneo, de forma remota, segura e proporcional, em casos extremos de resistência ou risco coletivo”, informou a prefeitura em nota.
O documento de aquisição ainda destaca que o uso de granadas lacrimogêneas facilitará a dispersão de aglomerações em situações de importunação, como os chamados “pancadões” e eventos clandestinos, com mais segurança para os agentes de campo.
Outras cidades seguem o mesmo caminho
Em São Paulo, a vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) solicitou, via emenda parlamentar, a compra de um canhão sonoro no valor de R$ 400 mil. A justificativa da proposta também está relacionada à dispersão de bailes funks na periferia da capital.