Professores entram na terceira paralização por salários justos e melhores condições de trabalho

Cinco cidades da costa do descobrimento entraram em paralização para conseguir igualar os salários ao piso nacional como prevê a portaria deste ano publicada pelo ministério da educação.

Os municípios situados na região conhecida como costa do descobrimento estão em paralização de professores municipais desde o dia 30 de maio. A manifestação por parte dos professores é por causa dos salários defasados e direitos ainda não concedidos. É o caso de cidades como Porto Seguro, Itabela, Guaratinga, Itagimirim e Santa Cruz Cabrália.

Entrevistado pelo EXTREMO BAHIA, Deusdete Viana Baião: Diretor presidente da APLB afirma que os municípios de Itagimirim e Santa Cruz Cabrália já encerraram a negociação de modo positivo e os professores não entrarão em greve. No caso de Itabela a situação também foi favorável, a prefeitura propôs pagar o piso salarial nacional e o retroativo no final do ano. A categoria aceitou e também não entrará em greve.

“Nossa luta não é apenas pelo nosso direito de um salário digno. Mas também por melhores condições de trabalho. Já que a gestão coloca muitos alunos numa mesma sala de aula, sem apoio nenhum para os professores, nem nos casos de alunos que precisam de atendimentos especiais. Outra questão também são os pagamentos de títulos e mudanças de nível que são direitos dos professores”, afirma o chefe do sindicato.

Infelizmente, no caso de Guaratinga que não ajusta o salário dos professores desde 2020 e a categoria precisou entrar na justiça para conseguir que o município cumprisse a lei, mas até agora sem retorno. Os professores seguem em paralização e poderão entrar em greve.

Em Porto Seguro a situação consegue ser ainda pior. A prefeitura, segundo o diretor do sindicato, se recusa dialogar com a categoria e na última contraproposta ofereceu 4% de aumento que não chega nem a cobrir os gastos mínimos de um ano de atrasos. E sem diálogo, os professores decidiram permanecer com a paralização e realizar uma manifestação na praça ACM no centro de Porto Seguro, nesta quarta-feira (28).

Segundo a última portaria (nº17 – publicada no diário oficial da união) no ministério da educação em janeiro deste ano, os professores deveriam, em todo território nacional, receber R$ 4.420,55 mas até o momento esse aumento de quase 15% (14,9%) no salário não foi pago à categoria em muitos municípios.