Polícia Civil de Eunápolis confirma apreensão do marido da cigana Hyara Flor, de 14 anos, no Espírito Santo

A Polícia Civil de Eunápolis acaba de confirmar a prisão do menor acusado de matar a cigana Hyara flor com um tiro no queixo. O menor foi preso no Espírito Santo em uma força tarefa chefiada pela Polícia Federal, com as Secretarias de Segurança Pública da Bahia e do Espírito Santo e demais forças de segurança.

O adolescente foi apresentado à Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei, naquele estado, por se tratar de menor de idade. Foi determinada sua imediata internação provisória. Em relação aos pais do menor, ninguém foi preso por não existir nenhuma decisão nesse sentido.  

O pai da cigana, Iago Cigano, fez um vídeo falando da prisão e agradecendo a todos pela força e, à redação do Extremo Bahia, pediu justiça: "espero que justiça que a seja feita e que o pai dele também vá para o presidío por participar da morte da minha filha e mandar matar". 

Já o pai do menor apreendido, gravou um vídeo no qual afirmou estar feliz com a prisão do filho, Amadeu, disse não ter se apresentado antes apenas medo de represálias, pois as redes sociais só mostravam a versão deles (família de Hyara). Alegou ainda que eles — no caso a família da nora — estavam fazendo uma vaquinha para matá-lo. Segundo ele, foi obrigado a fugir da própria cidade com a roupa do corpo. Por fim, falou que amava — e ainda ama — a nora, Hyara, a quem tem como filha. 

Cunhado mais velho de Hyara, Averlon, também se manifestou por meio de vídeo nas redes sociais por meio do qual disse que o irmão tentou se explicar, mas foi recebido com tiros. Garantiu ter vídeos, áudio e uma testemunha confirmando sua versão e ratificou que a morte da cigana foi "uma brincadeira da adolescente" com uma criança de nove anos. Disse ainda que também tinha Hyara como uma filha e ainda afirmou que, depois de resolver tudo, ele e a família vão morar dentro da cidade de Eunápolis. 

Sobre o caso: Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, foi morta no dia 06 de julho, em Guaratinga, com um tiro no queixo. Segundo a Delegacia Territorial (DT), no local do crime, foram apreendidos uma pistola calibre 380, dois carregadores e munições. O caso foi registrado como feminicídio e o marido, também adolescente de 14 anos, sempre foi o principal suspeito.

Depois de ter sido baleada, a adolescente chegou a ser socorrida para um hospital da região, porém não resistiu. Ela deu entrada na unidade com a informação de que teria se ferido no queixo ao ter limpado a pistola. No entanto, contradições levantaram a suspeita de que se tratava de um crime. 

A Polícia Militar (PM) foi chamada. Testemunhas contaram à equipe da 7ª Companhia Independente (CIPM) que o esposo de Hyara Flor fugiu com o pai depois do fato. A polícia procurou os suspeitos todo esse tempo. O caso ganhou repercussão nacional.

Após a morte de Hyara Flor, circularam na internet publicações que divulgavam uma recompensa de R$ 300 mil para quem encontrasse o suposto autor do crime. O pagamento teria sido oferecido pelo pai da vítima, que negou a informação e disse querer apenas justiça.

Há cerca de um mês, a polícia já havia divulgado ter conhecimento que o menor e o pai estavam no Espírito, porém, só agora, o menor e a família foram localizados.