Guaratinga: funcionários da educação realizam protesto contra descontos em salários

Funcionários da rede municipal de ensino de Guaratinga realizaram um protesto na quarta-feira (2) contra os descontos em seus salários referentes a julho. Vestidos de camisetas pretas, os servidores foram até a Delegacia de Polícia e registraram um boletim de ocorrência acusando o município de apropriação indébita.

A greve dos trabalhadores na educação de Guaratinga já dura três meses, ocorrendo em meio período, como forma de protesto devido a um impasse com a prefeitura em relação ao reajuste salarial.

Segundo o coordenador da APLB/Sindicato de Guaratinga, Claiton Ribeiro, os funcionários não aceitam a situação abusiva e consideram o desconto ilegal, chegando a 70% dos salários em alguns casos. Uma merendeira relatou ter recebido apenas R$ 430 em seu contracheque, mostrando preocupação com suas despesas pessoais e exigindo o ressarcimento devido.

A Secretaria de Educação de Guaratinga confirmou os descontos de 50% nos salários dos trabalhadores, justificando que o desconto de julho foi aplicado devido à greve de meio período decretada pela categoria. A gestão ressaltou que desde abril tem buscado o diálogo com os profissionais, oferecendo um aumento de 6,21% em junho, totalizando 12% no ano, mas não foi possível atender a demanda por reajustes maiores devido à situação financeira do município.

A lei prevê que os dias não trabalhados durante a greve podem ser descontados do salário, porém existem exceções, como quando há acordo de compensação dos dias não trabalhados ou quando a greve é motivada pelo descumprimento de regras legais pelo empregador, como falta de pagamento de salários ou más condições de trabalho. Nessas circunstâncias, os dias parados não devem ser descontados, independentemente de negociação. 

Com informações do site Radar News.