Prefeituras do extremo sul baiano paralisam suas atividades nesta quarta-feira em protesto à queda de repasses financeiros

Diversas prefeituras de diferentes regiões do país, incluindo as do extremo sul baiano, planejam aderir a um movimento de protesto agendado para esta quarta-feira (30). O motivo central desse protesto é a preocupante e constante queda nos repasses provenientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Essa redução nos recursos tem gerado um quadro de dificuldades financeiras para as prefeituras, afetando suas capacidades de atender às demandas e necessidades locais.

O movimento de protesto conta com o respaldo da União dos Municípios da Bahia (UPB) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), duas organizações que têm como objetivo defender os interesses e direitos dos municípios perante as instâncias estaduais e federais.

No extremo sul baiano, a situação de crise financeira enfrentada pelas prefeituras ganhou notoriedade após o prefeito de Itabela, Luciano Francisqueto, tornar pública as dificuldades financeiras que o município está atravessando. Um áudio divulgado por ele, no qual detalha os desafios econômicos, repercutiu intensamente nas redes sociais e na mídia em geral.

Diversas prefeituras da região já confirmaram sua adesão à paralisação como forma de demonstrar a gravidade da situação. Entre elas, destacam-se Eunápolis, que pretende paralisar suas atividades por três dias, além de Guaratinga, Itabela e Porto Seguro.

Até os prefeitos que pertencem à mesma base partidária tanto no âmbito estadual quanto no nacional também estão lidando com as mesmas problemáticas, indicando uma crise que afeta municípios independentemente de sua orientação política.

A situação é tão crítica que prefeituras estão enfrentando greves de servidores e dificuldades para honrar compromissos básicos, afetando diretamente a qualidade dos serviços prestados à população local.