POLÍTICA
A desistência de pré-candidatos expõe fragilidade partidária e impulsiona candidaturas laranjas
Recentemente, algumas cidades, como Itabela, enfrentaram o desmonte de partidos devido à desistência de pré-candidatos. Essa situação tem aberto precedentes para o aumento de candidaturas laranjas, uma vez que partidos, na tentativa urgente de montar suas coligações, acabam investindo em candidaturas de fachada.
Após o término das convenções partidárias, os pedidos de candidaturas a vereadores começaram a ganhar força. No entanto, um fenômeno preocupante está chamando a atenção: o aumento no número de candidaturas laranjas, especialmente entre as mulheres.
A legislação eleitoral exige que os partidos e coligações respeitem uma cota mínima de 30% para candidaturas femininas, o que tem levado algumas agremiações a inscreverem mulheres apenas para cumprir essa exigência, sem a real intenção de que sejam eleitas ou mesmo façam campanha. Essas candidaturas são conhecidas como "laranjas" e são usadas para preencher a cota de gênero, sem oferecer apoio efetivo às candidatas.
Apesar disso, especialistas e membros do meio político já estão atentos a essas práticas fraudulentas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outras instâncias da Justiça Eleitoral têm se mostrado vigilantes e estão prontos para investigar e punir irregularidades. A fiscalização está cada vez mais rigorosa, e casos comprovados podem levar à anulação de toda a chapa eleitoral, colocando em risco não apenas as candidaturas laranjas, mas também as legítimas que compartilham a mesma coligação.