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Família de Juliana Marins acusa equipe de resgate de negligência e promete buscar justiça
Turista brasileira morreu após cair em penhasco durante trilha na Indonésia; socorro demorou quatro dias para alcançá-la
A família de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, acusa a equipe de resgate de negligência e afirma que lutará por justiça. A jovem caiu em um penhasco na última sexta-feira (20) e foi localizada com vida, mas o socorro só a alcançou quatro dias depois, já sem sinais vitais.
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado, Juliana ainda estaria viva”, afirmou a família por meio do perfil @resgatejulianamarins no Instagram. “Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”, completa a publicação.
O corpo da jovem foi resgatado na quarta-feira (25) após uma operação complexa em uma área de difícil acesso. Segundo informações da família, o içamento do corpo foi concluído às 14h45 no horário local (madrugada no Brasil), e a maca começou a ser transportada até a entrada do parque cerca de 15 minutos depois. O trajeto deve durar cerca de oito horas.
De acordo com a polícia local, o corpo de Juliana será encaminhado para o Hospital Bhayangkara Polda NTB.
Juliana caiu em um trecho íngreme enquanto fazia uma trilha de três dias até o cume do Monte Rinjani. Segundo relato da família, ela teria demonstrado cansaço durante o percurso e o guia turístico orientou que descansasse enquanto o restante do grupo seguia adiante. Sozinha, ela acabou despencando em uma área de penhasco de difícil acesso.
Somente na segunda-feira (23), um drone com sensor térmico conseguiu localizar a brasileira. Ela estava imóvel e presa entre rochas. O terreno acidentado e o mau tempo dificultaram o resgate, que foi paralisado em diversas ocasiões.
A demora na resposta mobilizou críticas nas redes sociais e levou os governos do Brasil e da Indonésia a reforçarem os esforços de busca. A comoção gerada pelo caso trouxe à tona questionamentos sobre a segurança em trilhas na região e a atuação das autoridades locais diante de emergências com turistas.